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O trabalho em equipe em Saúde

Paulo Nunes de Abreu • August 20, 2018

É frequente que o reclamem, mas nem sempre ocorre de forma mais eficaz

É muito comum ouvir dizer que nas organizações de saúde o trabalho em equipa é fundamental. Por uma maioria de razões que se prendem com a vertente cada vez mais inter-disciplinar das ciências da saúde e com os avanços tecnológicos no sector que reclamam cada vez mais uma formação permanente e avançada. O mix de perfis profissionais e competências assistenciais que coexistem num centro de saúde ou num hospital obriga a uma redobrada atenção à importância do trabalho em equipa em saúde, o qual tem sido amplamente investigado (ver por exemplo aqui )

E quais são os principais avanços nesta matéria? Como pode o trabalho em equipa em saúde ser mais eficaz e produzir melhor satisfação junto dos profissionais e do paciente? Estas respostas são dadas por uma nova disciplina – a facilitação de grupos. Trata-se de um novo conjunto de competências profissionais que têm vindo a ser desenvolvidas desde os anos 70 pelo ICA ( Institute of Cultural Affairs ) e mais recentemente pela IAF (International Association of Facilitators ).

A Associação Internacional de Facilitadores (em inglês IAF ), da qual faço parte, é um organização mundial que foi criada para promover, apoiar e dinamizar a arte e a prática da facilitação profissional, através da partilha de métodos, crescimento e desenvolvimento profissional, investigação prática e redes profissionais.

As Competências Básicas do Facilitador foram desenvolvidas ao longo do tempo, pela IAF, com o apoio dos seus membros e facilitadores de todo o mundo. As competências integram as capacidades, conhecimentos e comportamentos fundamentais que cada facilitador, individualmente, deve evidenciar no exercício da facilitação, e garantem o seu sucesso nos mais variados contextos e ambientes.

A título de exemplo posso referir aqui uma parte das competências básicas de um facilitador de grupo.

ORIENTAR O GRUPO PARA RESULTADOS ÚTEIS E ADEQUADOS

D1) Guiar o grupo com métodos e processos claros

    • Estabelece um contexto claro para a sessão
    • Escuta ativamente, questiona e resume por forma a extrair a essência do que o grupo expressa
    • Identifica desvios e pontos de interseção, direcionando para a tarefa
    • Gere processos de grupos grandes ou pequenos

D2) Facilitar a auto consciência do grupo perante as tarefas

    • Modifica e ajusta o ritmo das atividades de acordo com as necessidades do grupo
    • Identifica a informação que o grupo precisa e integra os conhecimentos e as percepções do grupo
    • Ajuda o grupo a identificar e a resumir padrões, tendências, causas e marcos para a ação
    • Apoia o grupo na reflexão sobre as suas próprias experiências

D3) Guiar o grupo para o consenso e resultados desejados

    • Usa uma variedade de abordagens para conseguir o consenso do grupo
    • Usa uma variedade de abordagens para atingir os resultados do grupo
    • Adapta processos consoante as situações e necessidades do grupo
    • Avalia e comunica o progresso do grupo
    • Promove a conclusão das tarefas

Para saber mais sobre a IAF e sobre a suas próximas iniciativas em Portugal e em toda a Lusofonia, pode contactar através desta página: https://www.iaf-world.org/site/chapters/portugal


Este artigo foi publicado originalmente como um Editorial no blog do Fórum Hospital do Futuro, aqui.

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